Mercado Livre de Energia: Uma Nova Era

por CM Consultores | 03.04.2024 | ESG

Em janeiro, o Brasil deu um importante passo para estimular a migração de milhares de consumidores para o mercado livre. Agora, todos os clientes conectados em média e alta tensão (Grupo A), com consumo em torno de 30 kW e contas de R$ 5 mil ou mais, podem ingressar no Ambiente de Contratação Livre (ACL). Isso permite, além de escolherem o fornecedor de preferência, uma novidade que vai ao encontro dos anseios de pequenas e médias empresas, a maioria no Brasil, como padarias, mini mercados, hospitais e pequenas e médias fábricas.

Flexibilidade e Negociação no Mercado Livre

Nesse mercado, os consumidores (empresas) têm agora a possibilidade de pactuar todas as condições comerciais, incluindo preço, quantidade de energia contratada, período de abastecimento e condições de pagamento, entre outros pontos. Assim, não precisam mais ter a obrigatoriedade de seu distribuidor local, com reduções que podem chegar até 35% abaixo do que pagam atualmente.

Estatísticas e Expectativas

Para se ter uma ideia desse número, segundo um trabalho feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), esse grupo é de cerca de 164 mil unidades consumidoras, sendo que quase 38 mil já estão no mercado livre, e já temos 14,6 mil já pediram para migrar, com uma expectativa de mais 20 mil apenas em 2024.

Perspectivas e Comparativos Internacionais

Na Europa e nos Estados Unidos, o mercado livre de energia já é bem mais desenvolvido, com a participação inclusive de clientes residenciais. Aqui esperamos pela evolução desse mercado de pequenas e médias empresas, evoluindo com regras claras no setor para uma futura abertura do mercado aos clientes atendidos na chamada baixa tensão.

Impactos e Oportunidades

Essa mudança redesenha o mercado das comercializadoras de energia com a entrada de novos players nesse segmento, além de um significativo aumento de participação para os fornecedores de energia limpa, focados na descarbonização. A baixa emissão de carbono na produção de energia, aliada a uma maior flexibilização do mercado, deve acelerar a transformação digital.

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