A nova economia proporciona oportunidades, mas também atrai atividades criminosas, como é o caso dos criptoativos, que se tornaram alvo de criminosos.
Segundo um estudo da PeckShield, especializada em segurança de redes blockchain, os prejuízos decorrentes de ataques de hackers e golpes em 2023 foram expressivos. De acordo com a empresa, US$2,61 bilhões (mais de R$10 bilhões, na cotação atual) em criptomoedas foram perdidos no ano passado, com apenas 25% recuperados.
Esses números evidenciam a lucratividade do crime nesse setor, apesar de uma redução em relação a 2022, quando os roubos envolvendo criptoativos totalizaram cerca de US$3,6 bilhões.
Medidas de Segurança e Combate aos Crimes
Para enfrentar essa realidade, são implementados programas de recompensa por vulnerabilidades e investigações em blockchains, em parceria com corretoras e autoridades policiais.
Entre os ataques de 2023, 40% envolveram empréstimos relâmpagos. A PeckShield destaca que 67% das perdas ocorreram em protocolos DeFi, e 33% em finanças centralizadas. O relatório aponta que 58% das perdas foram causadas por ataques de hackers e 42% por golpes.
Houve uma diversificação das criptomoedas roubadas em 2023. Se, de 2018 a 2021, o bitcoin dominou as transações ilícitas, nos últimos dois anos as stablecoins, pareadas a outros ativos, como o dólar, passaram a ocupar uma fatia maior do volume de transações ilícitas.
O cenário em constante evolução exige cautela e medidas de segurança aprimoradas.