Recursos como terra, ar, água e biodiversidade compõem o chamado capital natural, uma avaliação do valor dos elementos naturais, como o número de árvores em uma floresta, toneladas de CO2, hectômetros cúbicos de água em um aquífero ou insetos polinizadores por hectare. Esses valores estão se tornando cada vez mais presentes em nossas rotinas, e são métricas cruciais que podem orientar a transformação de muitas empresas.
Desafios na Quantificação do Capital Natural
A complexidade em considerar a ecologia como capital reside na dificuldade de quantificar o capital natural de uma empresa, pessoa ou país, mas, apesar desse desafio, não é uma tarefa impossível.
Oportunidades de Negócios na Regeneração do Capital Natural
A regeneração do capital natural em áreas degradadas pela ação humana representa uma grande oportunidade de negócios. A gestão apropriada da água e do solo, assim como a restauração de florestas, são vistas como geradoras de serviços ecossistêmicos que não apenas melhoram o meio ambiente, mas também beneficiam a vida de muitos, gerando empregos e fortalecendo a reputação das empresas.
Conceituando a Natureza como Capital
Conceituar a natureza como capital pode ser complexo, mas os benefícios se estendem não apenas às pessoas e ao planeta, mas também às empresas. Produtos alinhados com a pegada hídrica, por exemplo, devem ganhar destaque, acompanhados por instrumentos de financiamento para essa nova e crucial área da economia.
Sustentabilidade Ambiental: Uma Regra, Não uma Opção
A sustentabilidade ambiental não é mais uma opção, mas sim uma regra que deve impor seu preço para muitas empresas. Há pouco tempo, muitas empresas resistiam ao mercado de carbono, mas esse preconceito vem diminuindo devido a diversos fatores, inclusive com o apoio da CNI.
Plano de Transformação Ecológica e o Mercado Regulado de Carbono
Nos próximos meses, o Governo Federal deve lançar o Plano de Transformação Ecológica, que inclui o mercado regulado de carbono como um dos seus pilares. A previsão é estabelecer limites para emissões de gases de efeito estufa, tornando obrigatória a compra do “direito de poluir” pelas empresas.
Mercado de Carbono: Uma Nova Moeda de Troca
Embora a ideia de comprar e vender o direito de poluir possa parecer curiosa, é um termo que deve ser incorporado à agenda das empresas. Este mercado bilionário não apenas fornece incentivos financeiros, mas também pode ampliar estímulos fiscais, beneficiando aqueles que cuidam do capital natural e praticam a economia circular, conforme proposto pela Emenda Constitucional da Reforma Tributária.
Impacto do Mercado de Carbono nas Grandes Empresas
Inicialmente, o mercado de carbono não se aplica a médias e pequenas empresas, atingindo apenas as grandes corporações. No entanto, esse mercado será para aquelas com grandes parques industriais, emitindo mais de 25 mil toneladas de CO2 por ano.
Setores de Maior Emissão e a Reforma Tributária Ambiental
Setores como cimento, siderurgia, alumínio, química, petróleo e gás, e possivelmente grandes frigoríficos, são os maiores emissores. A Reforma Tributária introduz um elemento ambiental significativo, o Imposto Seletivo, criando um mercado regulado e impondo um tributo sobre o carbono, afetando atividades prejudiciais ao meio ambiente e à saúde.
Sim, preservar o meio ambiente pode e deve ser um excelente negócio.