Energia Solar, Abundante e a Cada Dia Mais Barata

por CM Consultores | 07.01.2024 | ESG

A geração de energia por painéis solares que até alguns anos era um luxo para algumas empresas, vêm conseguindo ser gerada a preços menores que as fontes convencionais, e o maior ingrediente para isso ocorra vem sendo a queda dos preços dos seus insumos. Segundo um recente relatório publicado pela Wood Mackenzie que revelou que, em dezembro, o preço médio desses painéis atingiu apenas 15 centavos de dólar por watt. Em comparação, os painéis solares de fabricação indiana, europeia e americana foram cotados a 22, 30 e 40 centavos de dólar por watt, respectivamente. O motor por trás dessa mudança radical, de acordo com a Wood Mackenzie, é a liderança indiscutível das empresas fotovoltaicas chinesas na indústria solar global, ao mesmo tempo, já é nítido o avanço da produção descentralizada desses painéis, por maior que seja a liderança da China, a fabricação em outros países só colabora para expansão mundial da energia solar, onde todos nós se beneficiamos.

A China com a sua presença dominante, combinada com tecnologia avançada, custos competitivos e uma cadeia de suprimentos robusta, segue sendo a maior força propulsora do atual fenômeno. 

O resultado disso é uma oferta com elevada queda de preço de 42% nos preços dos painéis solares provenientes de empresas chinesas ao longo do último ano, o que no caso brasileiro aliada a uma projeção na queda do dólar pode representar quase 50%.

Segundo esse mesmo relatório da Wood Mackenzie, o crescimento da fabricação solar na China foi impulsionado por margens elevadas para o polisilício, atualizações tecnológicas e pela expansão da fabricação local nos mercados internacionais.

Projeta-se que a China continuará mantendo uma fatia de mais de 80% da capacidade global em toda a cadeia de fornecimento de painéis solares a partir deste ano, graças à notável vantagem de custo oferecida por suas placas solares. Apesar das políticas governamentais robustas em mercados internacionais impulsionarem a fabricação local de energia solar, ainda não conseguiram competir em termos de custo com o fornecimento chinês, como observa a Wood Mackenzie. Especialistas listam outros países a promoverem aplicações comerciais em suas indústrias fotovoltaicas, buscando alcançar a mesma escala observada na China.

Ainda segundo o relatório da Mackenzie mais de um terawatt de capacidade de wafer, célula e módulo entrarão em operação até o final deste ano, o que implica em dizer que a capacidade da China será mais do que suficiente para atender à demanda global anual até 2032, considerando as previsões de crescimento anual da demanda. Os números de células solares exportadas pela China aumentaram mais de 42% nos primeiros 11 meses do ano passado em relação ao ano anterior.

Até 30 de novembro, a capacidade instalada de geração de energia da China era de aproximadamente 2,85 bilhões de quilowatts, representando um aumento de 14% em relação ao ano anterior, segundo a Administração Nacional de Energia. Dessa capacidade, cerca de 560 milhões de quilowatts correspondem à capacidade instalada de geração de energia solar, um aumento de 50% no período. A China lidera a inovação em tecnologias de células solares, com um total de 126.400 pedidos de patentes, ocupando o primeiro lugar no mundo, conforme relatório da CCTV, citando dados do Escritório Estatal de Propriedade Intelectual. 

O número de patentes, nessa defesa do seu ativo intangível, acaba por resultar em dominação fabril e da propriedade intelectual dessa fonte inesgotável de energia.

Se dedicando à consultoria de empresas do mercado de energia desde 1998, estamos aprimorando produtos que possam reduzir o custo de aquisição de energia por parte das empresas, e trabalhando para disponibilizá-los ao mercado ainda neste primeiro quadrimestre.

Esse é o compromisso da nossa consultoria na geração de valor agregado e transformação do seu negócio.

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